Existem poucas áreas da economia que podem se dar ao luxo de não acompanhar a evolução tecnológica — e o marketing, definitivamente, não é uma delas.

Portanto, dentro de uma agência (e, principalmente, de uma agência digital) é preciso estar constantemente de olho nas tendências. Não existe outra maneira de manter a competitividade.

É pensando nessa realidade que preparamos um post reunindo as principais apostas em Transformação Digital para o futuro do marketing.

Com as novas estratégias de Inbound Marketing e marketing digital, as empresas têm renovado a sua comunicação e as suas estratégias, e investir no setor já virou uma realidade!

As agências, dentro desse quadro, precisam ainda mais estarem prontas para essas mudanças.

Fique atento a essas ferramentas e estratégias; muito em breve, você terá que trabalhar com elas na sua agência.

CRM

O CRM – Customer Relationship Management, um sistema informatizado para gerenciar a carteira de clientes — não é exatamente uma novidade. Porém, ele foi desenvolvido em primeiro lugar para auxiliar os profissionais da área de vendas e atendimento. A ideia de aplica-lo ao marketing é uma tendência bem mais recente.

Então, o que o CRM pode fazer?

Por meio dele, é possível realizar o marketing segmentado. A partir das informações constantes do cadastro e histórico de clientes, você pode separá-los usando uma grande quantidade de critérios: se o cliente é ativo ou não, se ele está em São Paulo ou no Pará, se ele compra o produto A ou o produto B…

Após essa separação, cada perfil de cliente pode ser abordado com uma estratégia diferente, otimizada. Dessa forma, obtém-se resultados significativamente melhores do que por meio de uma campanha de marketing do tipo “tamanho único”.

ERP

O ERP (Enterprise Resource Planning, ou simplesmente Sistema de Gestão Empresarial) é um software que integra todos os setores fundamentais de uma empresa. Ele emprega na organização um modelo de gestão que busca tornar mais ágil os processos administrativos.

Com um sistema ERP a empresa consegue consolidar informações básicas ao seu funcionamento, e ao final de um período serão transformadas em relatórios gerenciais completos. Isso é possível por que o ERP une os dados fornecidos por todos os setores, veja o exemplo para entender um pouco mais:

O setor de vendas receber o orçamento de um cliente, de acordo com as especificações do produto, faz uma pesquisa rápida para verificar se dispõe do item em seu estoque, confirmado ele fecha a venda. O vendedor já dá um comando no sistema ERP, que automaticamente reserva a mercadoria. A informação da venda já surge para o estoquista, e o setor financeiro. A nota fiscal já pode ser emitida (também pelo sistema), e quando o produto cruzar a porta do estoque, é dado baixa, e já aponta a necessidade de reposição.

Esse esquema básico é a forma do ERP operar. O processo fica bem mais ágil, e não há necessidade de ligar no ramal, elaborar um formulário de solicitação que precisará autorização do gestor… Nada disso, o operador do sistema terá sua senha de acesso, e todas as movimentações que realizar, terá sua “assinatura digital”.

Além dessas qualidades operacionais, ficará mais fácil realizar todo controle fiscal, pois as notas fiscais eletrônicas emitidas, já estarão prontas para serem enviadas aos órgãos de controle (Receita Federal, Fazenda, etc.). E a conciliação bancária para verificar os pagamentos dos clientes também é abraçada nesse tipo de software.

Ferramenta dinâmica de gestão, e não é necessário ter um servidor dentro da empresa. O acompanhamento de todos esses processos é online, via web.

Analytics

Já que estamos falando em informações, tem um item que não poderia faltar em nossa lista de tendências da Transformação Digital: o famoso Analytics. E, embora esse termo seja geralmente associado ao Google Analytics, que é a principal ferramenta disponível no mercado, não queremos nos limitar a ele. Na verdade, dados e análise de dados em geral são componentes importantes do Marketing do futuro.

Não muito tempo atrás, o marketing ficava em segundo plano nas empresas. E, embora totalmente injusto — eu concordo —, havia um bom motivo para isso. Nenhum gestor conseguia saber se as ações de marketing estavam mesmo trazendo resultados ou se elas eram apenas uma firula, um investimento “para inglês ver”.

A análise de dados muda esse cenário completamente. Agora, é de fato possível medir o impacto de uma ação específica de marketing digital. Mais do que isso, é possível colocar um valor nesse impacto, calculando o ROI.
Então, o Analytics não é simplesmente uma tendência que muda o marketing, mas algo muito maior, que altera toda a relação das empresas (e, claro, dos seus clientes) com o marketing.

Big Data

Se o marketing precisava de dados para se firmar, conseguiu — como vimos no item anterior. Mas pode ter conseguido bem mais do que esperava, e agora somos inundados com uma quantidade gigantesca de informação. A proporção é tamanha que torna-se inviável lidar com esses dados da maneira tradicional. É aí que entra mais uma tendência.

Big data são as tecnologias voltadas a coletar, armazenar, organizar e processar grande volume de dados. Para as agências de marketing digital, tem o potencial de tornar-se indispensável. É por meio de big data que você conseguirá extrair total benefício das informações disponíveis, transformando-as em estratégias precisas e eficientes para o seu cliente.

User experience

Vindo na esteira do Analytics, torna-se cada vez mais importante desenvolver um marketing digital focado no cliente, no consumidor, no usuário. Afinal, agora não há como esconder quando uma ideia parece ótima no papel mas não traz resultados na prática, certo?

Dito isso, não é apenas o conteúdo das ações que precisa ser centrado no cliente, mas também o seu formato. Isso se reflete na tendência de User Experience, ou UX. Trata-se de uma mudança de prioridade no design: ser “bonito” não é mais tão importante quanto ser “amigável” ou “intuitivo”.

Pense nos seguintes termos: você pode desenvolver um site maravilhoso, com a melhor paleta de cores, imagens em alta resolução, fontes perfeitas. Mas, se o usuário acessar esse site e não encontrar facilmente o menu ou a caixa de busca, ele vai sair bem rapidinho. E todo o seu trabalho vai por água abaixo.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada

Depois de falar sobre User Experience, vamos colocar na nossa lista a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada. As duas geram forte impacto na experiência do usuário, pois criam a possibilidade de interação “real” com um elemento virtual.

O potencial dessas tecnologias já ficou comprovado, no sucesso fenomenal do jogo mobile Pokemon Go, que causou frenesi entre jovens e adultos em 2016. Elas são elementos de transformação digital com grande poder de gerar engajamento e, portanto, não poderão ficar de fora do repertório das agências de marketing.

Já começamos a ver o uso de RV e RA na interação entre empresas e consumidores. Algumas lojas de móveis elaboraram uma solução para que o cliente possa visualizar como um móvel ficaria na sua casa antes de compra-lo, por meio da realidade virtual. Em museus e exposições, os visitantes podem usar a realidade aumentada para acessar informações adicionais sobre cada peça.

Esses são os principais exemplos, por enquanto. Mas certamente veremos outras ideias em breve!

Mobile first

A transformação digital também tem a ver com os meios que as pessoas estão usando para interagir e se comunicar. Portanto, o conceito de mobile first não poderia ficar de fora da nossa lista.
Várias pesquisas têm demonstrado um crescente número de pessoas que utilizam o smartphone e o tablet para se comunicar, acessar a internet, fazer compras. Recentemente, a proporção de uso desses dispositivos móveis ultrapassou o uso de computadores desktop e notebooks.

Diante dessa nova dinâmica, não faz mais sentido que uma ação de marketing seja planejada para o computador e transportada para o mobile. Agora, é preciso inverter essa ordem. Tudo precisa ser feito prioritariamente para os dispositivos móveis, pois é neles que a maioria das pessoas terá contato com o seu conteúdo.

Wearables

Wearables são, talvez, a evolução do mobile: dispositivos tecnológicos que você pode vestir. O exemplo mais forte no mercado, atualmente, são os smartwatches.

Enquanto esse segmento ainda é uma novidade e relativamente tímido, você pode apostar nele como tendência de Transformação Digital. E, claro, o marketing não poderá ficar de fora quando essa moda se espalhar!
Aplicativos.

Esse item tem tudo a ver com o que foi discutido no anterior. Já que o conceito de mobile first está tão forte, cada vez mais empresas buscam investir no desenvolvimento de aplicativos como ação de marketing.
Isso exige novas competências das agências digitais, já que, até então, os apps tinham apenas um papel funcional. Agora, eles precisam ser criados a partir de um viés diferente, com o propósito de transmitir mensagens.

Ads

Os ads passam por constante evolução, acompanhando cada passo da transformação digital. Hoje, estão longe de ser apenas a versão online dos anúncios tradicionais. Eles são muito mais poderosos e, também, mais complexos.

Em primeiro lugar, é necessário saber posicioná-los muito bem, encontrando a combinação entre uma alta quantidade de buscas e uma baixa concorrência. Assim, seu cliente obterá bons resultados sem precisar gastar uma fortuna. Existe um trabalho de inteligência de marketing por trás dessa tarefa, que envolve aprofundada pesquisa de palavras-chave.

Em segundo lugar, é preciso ser capaz de realizar uma oferta atrativa. Do contrário, os ads são exibidos, mas não recebem cliques. Em outras palavras, seu cliente vai pagar sem obter nenhum retorno.

Em terceiro lugar, é importante saber realizar os famosos testes A/B. Eles são a melhor maneira de garantir uma curva íngreme de otimização de resultados.

Como dá para notar, criar ads eficazes exige uma série de habilidades específicas. As agências precisam ter essas habilidades na sua equipe, para continuar oferecendo o melhor serviço.

Marketing de Conteúdo

O marketing de conteúdo é a grande sacada do momento. Ele dialoga com diversas outras tecnologias e ferramentas do marketing. Ao mesmo tempo, também lança as bases para o desenvolvimento de diferentes estratégias. Portanto, se você quer ter sucesso com um aplicativo, ou um ad, ou com o novo site do seu cliente, o conteúdo deve ser uma prioridade.

Vamos explicar melhor.

O consumidor contemporâneo não quer mais o melhor preço. Em alguns casos, ele nem quer o melhor produto. O que ele realmente busca é o melhor relacionamento, a melhor experiência, a melhor compatibilidade de valores. O conteúdo é a melhor forma de estabelecer esse vínculo.

Ele permite criar uma conversa com o consumidor, comunicando de maneira clara a identidade da empresa. Além disso, é uma forma de educar seus clientes para que possam tomar decisões de compra absolutamente conscientes; isso vai influenciar diretamente sua satisfação após o negócio.

É por isso que, por exemplo, quando você cria uma página de Facebook para um cliente, o ponto central é como você vai desenvolver conteúdos para essa página. Outros aspectos são importantes, mas sozinhos eles não adiantam. Como se diz: o conteúdo é rei.

Transformação Digital já não é mais um evento. É a realidade em que nós vivemos! A tecnologia vai tornar-se cada vez mais sofisticada; mais integrada com a nossa vida; e mais rapidamente substituível.

Nesse cenário, as agências de marketing precisam demonstrar capacidade de aprendizado e adaptação, além de estar sempre atentas às novidades; essas são as características que poderão garantir o sucesso.

*Esse post foi produzido pela equipe da Rock Content.